Querida Cidade –Destaques da crítica

Detalhe da capa portuguesa do livro Querida Cidade

Um livro com estilo do começo ao fim – Ignácio de Loyola Brandão, escritor, da Academia Paulista e da Academia Brasileira de Letras.

“A experiência de leitura de Querida Cidade assemelha-se à observação de uma mandala artesanal. Tal qual uma mandala construída com diferentes materiais, como retalhos de azulejos e vidros, este romance ganha dimensão quando absorvido o seu conjunto. Não é um quebra-cabeça, mas uma mandala que do seu centro emana figuras para diferentes direções e assim constrói algo circular (…). É um romance que nos faz sonhar acordados. Paula Sperb, no jornal O Globo.

“É profundamente metafórico, em muitas camadas. A gente vai lendo como quem retira palimpsestos. A sensação é de iceberg narrativo. Pela ponta visível vai se desnudando um mundo submerso, donde emerge um mundo de referencialidades – os signos não apenas da memória, da história, dos ícones de um país estão ali comtemplados”. Ronaldo Cagiano, no Jornal Opção, de Goiânia, Jornal de Letras, de Lisboa, Jornal Cultura, de Angola, entre outros.

“Livro magistral em todos os sentidos: na estrutura romanesca, na densidade do enredo, no estilo, no domínio total da escrita. Temas míticos se entrecruzam como o do filho pródigo, o pobre que a cidade rejeitou, o da mãe que carrega as dores do mundo, o da espera das penélopes por seus ulisses, e outros mais, como o de que “a vida é um espetáculo tragicômico, sob o reino do acaso e do erro’ (Pág. 104). Livro trabalhado em fina ourivesaria por 11 anos. Obra-prima”. Vera Lúcia de Oliveira, escritora, no jornal defato.com

“Querida Cidade mantém acesas questões que Torres traz desde o seu consagrado Essa Terra (1976) e novamente revisita a sua trajetória de menino rural para homem adulto na metrópole. Desta vez, porém, leva-nos a uma imersão mais profunda em cada um desses dois mundos, e ilumina outros abismos entre eles. Enquanto desenha um romance de formação, explora também o desenraizamento, o sentimento de vulnerabilidade e os choques entre visões de mundo e comportamento do homem rural e do citadino. (…). E Antônio Torres perscruta este personagem muito a fundo, até liquefazer as camadas da terra, Essa Terra. Até chegar às raízes dos seus próprios nervos”. Franklin Carvalho, escritor, no blog Études Lusophones, de Leonardo Tonus, da Sorbonne.

“É um espanto de um livro. E é um milagre não perder o fogo encantatório de quase 500 páginas”. Teolinda Gersão, escritora (Portugal).

“Ele fala de dor e esperança”. Miriam Leitão, jornalista e escritora.

“Dá a impressão das histórias serem bonecas que saem de dentro de outras bonecas, como na matriosca russa. Um truque do escritor que faz com que nunca se encontre um ponto definitivo, abrindo sempre novo espaço para outro desenvolvimento, espichando a vida além das expectativas usuais”. Gerson Valle, escritor, membro da Academia Petropolitana de Letras – na revista portuguesa InComunidade.

“Querida Cidade é uma magnífica e ousada experiência literária que manteve intacto o estilo do autor e revolucionou a forma de hospedá-lo. Perfeito cozinheiro das palavras, Antônio Torres acertou em cheio, numa aula de arte literária em todos os sentidos. O enredo é difuso e envolvente. Às vezes parece que o leitor está diante de um mágico a exibir, alternadamente, perícia extrema na escrita e na estruturação do texto. E sobra espaço para o humor, a gaiatice nordestina e o gosto pelos boleros e baladas. É uma escola de sensibilidade”. Aluízio Falcão, jornalista e escritor.

“O livro é perspicaz na composição do conhecimento humanista do autor, que vai da música popular à erudita, da alta literatura e da filosofia ao romanceiro tradicional, da oralidade à escrita, mobilizando matrizes culturais no sonho enigmático do personagem”. Cláudio C. Novaes, no livro Antônio Torres, 50 anos de literatura, organizado por Aleilton Fonseca: Editora Mondrongo, Bahia, 2022.

“Querida Cidade é um encantamento, un embrujo, com esconderijos a céu aberto. Cada frase tem a ternura de uma carícia, a alegria de uma lembrança, a potência de um soco na memória. E sim, a paciência incomparável de um escritor artesão para filigranar a estrutura do romance. Tangos, guarânias, boleros. Uma longa jornada noite adentro”. Leda Senise – escritora, atriz, cenógrafa.

“É um livro forte, que condensa e amplia a obra desse grande autor”. Fernando Molica, escritor.

“Transita por vários campos do conhecimento, tais como história, psicologia, psicanálise e sociologia, assim como pelos campos artísticos, o musical e o literário”. Rúbio Rocha, no livro Caboco Setenta – Antônio Torres, 50 anos de literatura, organizado por Luiz Eudes e Tom Torres: Editora Caminho das Ideias, São Paulo, 2022.

“O extraordinário Querida cidade tem como protagonista um homem que, exilado no alto de um edifício cercado de água por todos os lados, vê-se refletido na imensidão daquele espelho (…). Não vou falar do que aconteceu ao homem engaiolado na torre de concreto e vidro da grande cidade, tampouco do final. Mas posso lhes garantir que é um romance riquíssimo”. Marília Arnaud, escritora.

“Querida Cidade é dotado de grande imaginação ficcional (…). Acompanham-se os diversos episódios com grande interesse e prazer, entre outras coisas pelas referências de música, literatura, teatro, arquitetura & cinema espalhadas ao longo da narrativa. Recomendo expressamente”. Evando Nascimento, escritor, pesquisador, professor.

“Numa narrativa capaz de trançar sonho e realidade, melancolia e esperança, seguimos os passos de um sujeito em revisão crítica de si mesmo”. Rodrigo Fonseca, no jornal Correio da Manhã (Rio de Janeiro).

“Chegando à quadragésima trigésima e última página do imprescindível Querida Cidade como quem desce zonzo de uma roda gigante e tenta reencontrar a serenidade em terra firme. É um livro para se recomendar aos amigos como quem recomenda uma oração”. Luís Pimentel, escritor.

“Narrativa fluída e dinâmica, a trama evolui através dos fluxos de consciência do narrador, que faz um balanço da sua trajetória, numa prosa entrecortada por reflexões. O protagonista é um típico migrante que deixa a cidade de origem e vai em busca de uma vida melhor na capital”. Aleilton Fonseca, no jornal Correio da Bahia.

“A narrativa dialoga prazerosamente com o leitor, fazendo-o parceiro e confidente”. Nelson Rodrigues Filho – professor e crítico literário.

“Ele é mágico. Sua linguagem nos envolve como um rio feiticeiro, dotado de cor e ritmo, conduzindo uma narrativa poderosa que conecta tempos e lugares na sua deliciosa fluidez, produzindo cronótopos cujo entrelace traz à tona a querida cidade e ao mesmo tempo nos faz submergir nela e com ela. Um encanto”. Ordep Serra, escritor, presidente da Academia de Letras da Bahia.

“Pura polifonia de vozes aliada à segurança de um narrador assombroso”. Cunha de Leiradella, escritor (Portugal).

“O livro é como uma canção, que provoca sentimentos, desperta fragmentos nostálgicos e aguça desejos. Cada palavra uma nota, cada frase uma batida, cada página uma melodia, cada capítulo o complemento do anterior, formando um todo harmonioso. Querida Cidade, uma obra que deve ser ouvida, uma canção que deve ser lida, porque as duas se difundem em uma viagem literária magnífica”. Flávio Kenna, ator, dramaturgo, diretor teatral, escritor.

“Querida Cidade é uma obra riquíssima. Além da narrativa e do aspecto literário, além do imaginário, há nela o fabuloso poder de Antônio Torres na reconstrução da memória”. Dominique Stoenesco, professor e tradutor.

“É magistral. Merece muitas resenhas, dissertações e teses. Sobretudo, merece um imenso público leitor”. Reginaldo de Jesus, professor e crítico literário.

“A sensação de conjunto de Querida Cidade é magnífica. Uma trama aberta ao espaço infinito da imaginação e também da sedução do leitor”. Aramis Ribeiro Costa, escritor, membro da Academia de Letras da Bahia.

“Caro amigo leitor, considere o seguinte: tens nas mãos não apenas um só livro, Querida Cidade é como uma cidade mesmo, são vários – ruas, esquinas, praças, luzes, sombras, subidas, descidas. E tem gente, pessoas. (…). Sabe aquela história do romance rio? ” Luís Peazê, jornalista, escritor e tradutor.

“Entendo que o escritor Antônio Torres não tenha colocado um nome na cidade, pois ele deixa livre o leitor para vislumbrar em sua mente a sua cidade ou cidades que tenha vivido ou tenha passado. O autor permite ao leitor lembrar-se de um fragmento do cotidiano esquecido ou um quadro praticamente atemporal e axiomático, enfim, Querida Cidade é um livro que vale a pena ser lido…” Guto Mello, escritor, historiador, membro da Academia Volta-redondense de Letras, da Academia Fluminense e da Acadèmie de Lettres et Arts Luso-Suisse.

“Obra madura e estruturalmente perfeita, na qual Torres retoma os grandes temas dos seus romances – o interior e a capital, as certezas do passado e o incerto presente, a família como memória e a solidão do agora etc. E aguça ainda mais o ouvido para a frase, que ganha uma cadência límpida, musical. Que livro maravilhoso”. Miguel Sanches Neto, escritor, reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa, PR.

“Com a Querida Cidade, Antônio Torres nos tensiona, nos ensina, nos mostra, nos empurra para o abismo? Não, ufa. A última frase do livro nos sossega: ‘Entre sonhos e sustos, sobrevivemos’. A arte ganha sempre”. Godofredo de Oliveira Neto, escritor, professor, membro da ABL – na revista Colóquio Letras, da Fundação Gulbenkian, Lisboa.

“O que nos admira mesmo é o fôlego do velho escriba”. Vanúsia Amorim, professora, no já citado livro Caboco Setenta.

Autoritarismo, cerceamento da liberdade e tortura em Os homens dos pés redondos, de Antônio Torres

Do Facebook de Antônio Torres:

E quando parecia que ninguém mais se lembrava desse romance, publicado pela primeira vez em 1973, eis que duas professoras comprovam que ele está vivo sim, querida leitora, caríssimo leitor.
Imensos agradecimentos a Vanusia Amorim, por tê-lo incluído em sua tese de doutorado prestes a ser defendida na Universidade Federal de Alagoas, e a
Vania Pinheiro Chaves, da Universidade de Lisboa, que acaba de publicar um baita ensaio sobre ele na revista acadêmica E-Letras Com Vida (“Autoritarismo, cerceamento da liberdade e tortura em Os homens dos pés redondos”), no qual realça que “a estética revolucionária do romance é uma das mais bem conseguidas da ficção brasileira da pós-modernidade”.
Com madrinhas assim, estes “Homens” não morrerão pagãos.

Fonte: Facebook

Fonte: E-Letras Com Vida. Arquivo PDF original.

Para ver maior em outra aba clique em: Autoritarismo, cerceamento da liberdade e torturaem Os homens dos pés redondos, de Antônio Torres, por Vania Pinheiro Chaves.

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Querida Cidade no Cultura, Jornal Angolano de Artes e Letras

Trata-se de uma obra densamente povoada de emoção criativa, intensidade semântica e linguagem poética, na qual percebe-se um puzzle narrativo a partir do núcleo temático dos deslocamentos que tem caracterizado sua vasta bibliografia.

Ronaldo Cagiano no Cultura, Jornal Angolano de Artes e Letras

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